Lisboa Dakar 2007

O maior rali do mundo.

maio 29, 2007

Tudo sobre o lisboa dakar 2008

em

www.lisboadakar2008.blogspot.com

abril 17, 2007

HELDER RODRIGUES

Qualidade para triunfar

Do Dakar para a ribalta mundial

O quinto lugar alcançado na segunda participação no Lisboa-Dakar obrigou todo o país a conhecer Hélder Rodrigues.

Detentor de um palmarés invejável (dentro e fora de portas), o piloto de Sintra voltou a vencer a classe de 450cc e brilhou ao mais alto nível vencendo duas etapas.Hélder Rodrigues dispensa apresentações.

É o motard português com mais títulos internacionais, tendo-se notabilizado na modalidade de Enduro. Por cá, há muito que nos tem habituado às vitórias e os títulos têm-se sucedido em catadupa. Há dois anos que representa a formação Bianchi Prata Competições, que lhe permitiu a estreia no Lisboa-Dakar.

Depois do nono lugar à geral alcançado no ano passado, na estreia, elevou a fasquia para esta edição. Preparou-se melhor e o resultado viu-se: ganhou duas etapas (uma das quais em solo africano) e garantiu o melhor resultado de sempre de um motard português nesta competição. Fomos perceber melhor como este resultado foi conseguido e… o que daí pode vir.

MOTOR: Depois de uma excelente estreia em 2006, elevaste a fasquia, colocando como meta pessoal o top-five. Foi o que conseguiste.

Melhor era, efectivamente, impossível e correspondeste em absoluto às expectativas. Conseguiste preparar-te melhor para este segundo ano?

Hélder Rodrigues: Já no ano passado tinha corrido bem e para esta edição fiz por que corresse melhor. Foi muito mais fácil. Tivemos mais tempo para preparar a prova, apesar de não termos tido todo o que eu queria. Correu bem, porque dedicámos grande parte do ano a preparar esta segunda participação. Evoluímos muito. É verdade que os outros também evoluíram, mas nós evoluímos mais do que eles.

M: Porque dizes que progrediram mais do que os vossos adversários?

HR: O nosso salto relativamente aos outros foi seguramente superior, porque melhoramos em quase todos os aspectos.

M: Este ano, voltaste a apresentar-te aos comandos de uma Yamaha WR450. Mudaste alguma coisa na moto?

HR: A moto foi totalmente modificada, nomeadamente ao nível da suspensão (conjunto Showa, trabalhado pela MXT), passando pelo motor, cuja preparação esteve a cargo de Rui Silva da Barbo Racing e também ao nível das carenagens da moto e dos sistemas de navegação. Foi uma grande transformação.

M: Coisas que sentiste necessidade de actualizar face à primeira experiência e de acordo com os treinos que foste fazendo em Marrocos?

HR: Sim. Durante os treinos, fui percebendo o que havia a melhorar. Quando chegava, dava as indicações aos preparadores e eles operavam de forma a pôr a moto a meu gosto. É fundamental ter a moto ao estilo do piloto, para que nos sintamos confortáveis e confiantes. E os preparadores fizeram um trabalho excelente.

M: A experiência do primeiro ano é muito importante, em especial para perceber a «mecânica» da prova?

HR: O primeiro ano foi uma verdadeira loucura. Não tinha noção nenhuma do que significava estar num Dakar. Não sabia trabalhar com os aparelhos de terra-trip, com o road-book e muito menos sabia de navegação. Não tinha noção de nada e nesse campo foi uma prova feita às cegas. Felizmente, tudo correu bem e foi efectivamente uma grande escola. Com base nisso e a juntar aos treinos, este ano tinha de correr melhor.

M: O truque está em saber gerir o esforço físico e psicológico ou não?

HR: Tens sobretudo de andar rápido. O truque está em ser muito rápido, mas sem nunca andar a 100 por cento. Temos que andar sempre a 80 por cento do que somos capazes, mas, de base, temos desde logo de ser muito rápidos. Se andares a gerir mas não andares rápido não consegues chegar aos primeiros lugares. De vez em quando, atacas um pouco, outras vezes proteges-te mais um bocado. Não podes andar sempre ao ataque, sob pena de «borrar a pintura».

M: Foi o que te vimos a fazer, ou seja, quando sabias que as especiais te eram favoráveis, atacavas; quando sabias que era mais complicado, optavas por gerir, ainda que rodando entre o grupo da frente...

HR: Ataquei sempre. Fiz por andar sempre entre o grupo da frente. Na primeira especial em Marrocos, infelizmente tive um problema com o terra-trip, que não funcionou e que me fez perder alguns lugares e cair para fora do top-ten. Mas de resto fiz por atacar o mais possível.

M: O facto de não seres o único piloto da equipa – como aconteceu em 2006 – acabou por ser de extrema importância para o resultado final. Foi importante sentir que tinhas as «costas protegidas», nomeadamente pelo Bianchi Prata?

HR: Se não fosse assim nunca teria conseguido este resultado. Basta pensar que na especial em que furei, se não fosse ele a ceder-me a roda para prosseguir em prova, certamente iria perder tempo precioso, talvez duas ou três horas… teria comprometido a minha participação. Houve um dia em que me perdi e em que o Pedro (Bianchi Prata) passou para a minha frente e confesso que ainda temi, porque sabia que se tivesse algum problema grave ele já não poderia vir em meu auxílio. Felizmente, não foi preciso e tudo correu pelo melhor. No dia da etapa maratona, cheguei com o escape da moto amassado e optámos por trocar o meu pelo da moto dele para não comprometer a minha prestação. É sempre diferente sentires que estás apoiado, até por uma questão psicológica.

M: Na televisão, vemos as bonitas paisagens e vemos o lado bonito desta competição, mas vocês passam por muitas provações. É uma prova de esforço tremenda, em especial para os motociclistas. È fundamental estar-se bem preparado física e psicologicamente?

HR: Nada pode ser descurado. Podes estar muito bem preparado fisicamente, mas se não preparares a moto correctamente também não consegues atingir o objectivo. Tudo tem de estar a 100 por cento. Tudo tem de funcionar na perfeição.

M: Ao longo da prova, era possível identificarmos-te pela bandeira que trazias às costas. Foi uma ideia tua? Sentias necessidade de apelar ao apoio do público português?

HR: Foi uma ideia que tive quando estava a arrumar a roupa para o início da prova. Vi a bandeira e pedi para alguém a coser ao casaco. O público, quando via a bandeira, ficava mais motivado e transmitia-me esse entusiasmo, o que é muito bom. É sempre bom sentir o apoio do público.

M: O facto de alinhares com uma 450cc não te permite estar em pé de igualdade face às mais potentes KTM oficiais. Mas não crês que é uma opção mais equilibrada para o início? Não consegues competir em termos de velocidade de ponta, mas deve acabar por ser uma boa opção por ser mais leve?

HR: É sem dúvida. Se não tivesse ido com aquela moto nestes dois anos, se calhar não tinha conseguido acabar nenhuma destas duas edições, muito menos em quinto. É uma moto muito equilibrada, em especial para quem tem pouca experiência, e à qual me adaptei muito bem. Principalmente este ano, porque a conduzia quase com o mesmo à vontade com que o fazia com a minha moto de enduro.

M: O quinto lugar obrigou toda a gente a saber quem era o Hélder Rodrigues e naturalmente deu-te maior visibilidade. Já sabes o que vais fazer ao longo deste ano?

HR: Ainda é muito prematuro falar de projectos. O Dakar acabou há pouco e por isso ainda não houve tempo para definir o futuro. É algo que tenho de decidir dentro dos próximos dias, mas ainda nada está confirmado

M: Se pudesses escolher, o que é que gostarias de fazer?

HR: Seguramente o Mundial de Raids. Gostava de continuar a fazer enduro e até algumas provas de motocross, porque, fundamentalmente, gosto de andar de moto, seja na «grande» – leia-se, a que usou no Lisboa-Dakar – seja na «pequena» (de enduro), mas o grande objectivo passa por disputar o Campeonato do Mundo de TT.

Resta ao MOTOR desejar a maior sorte ao «Estrela» para que possa continuar a brilhar… dentro e/ou fora de portas.-----------------------------

Palmarés de luxo Hélder Rodrigues

começou a competir em 1994 (tinha então 15 anos) e cedo mostrou grande qualidade, facto que lhe valeu a alcunha de «Estrelinha». Desde 1999 que tem vindo a coleccionar títulos e a construir um currículo invejável, sendo já o português com mais títulos internacionais conquistados.

Depois de uma fase como piloto oficial KTM, alinha pela formação Bianchi Prata Competições nos últimos dois anos, pela qual conquistou um lugar entre os melhores do Dakar.

2007(Bianchi Prata Competições)

5º da geral Lisboa-Dakar (1º classe SP 450)

2006Campeão Nacional de Enduro e da Classe 450cc9º na estreia no Lisboa-Dakar (1º classe SP 450)
7º no Campeonato Mundial de Enduro classe 250cc

2005(Piloto oficial GasGas)
Campeão Nacional de Enduro e da Classe 250cc
4º nos 80º ISDE Eslováquia classe III (melhor português)7º no Mundial de Enduro na classe Enduro II

2004(Piloto oficial KTM – KTM Farioli)
9º nos 79º ISDE Polónia classe I (melhor português)Hexa-Campeão Nacional de Enduro e da Classe Enduro I8º no Mundial de Enduro na classe Enduro I

2003Campeão Mundial 125cc nos 78º ISDE Brasil Enduro I (melhor português)Penta-Campeão Nacional de Enduro e da Classe 250cc4º no Mundial de Enduro 250cc20024º no Mundial de Enduro 250cc (melhor privado)7º no Mundial de Enduro (melhor privado)Vice-Campeão do Mundo por equipas na Selecção Nacional - ISDE (melhor português)2001Campeão Nacional de Enduro e da Classe 250cc7º no Mundial de Enduro 125ccVencedor da Baja Telecel2000Campeão Nacional de Enduro e da Classe 125cc (1º a vencer à geral com uma 125cc)Campeão Mundial Júnior 125cc (1º português a vencer)Vencedor da Baja Telecel1999Campeão Nacional de Enduro e da Classe 250ccVice-Campeão Europeu de Enduro classe 250cc Sénior (ainda Júnior)Medalha de ouro nos ISDE – 3º na classe 125cc (1º Júnior)----------------------------

Vitória colectiva

O resultado alcançado foi conseguido (também) com a ajuda dos restantes elementos da equipa Bianchi Prata Competições, que criou a maior estrutura nacional, daí que a alegria de chegar ao Lago Rosa fosse extensiva a todos os elementos.--------------------------

Prova de esforçoBianchi acreditou semprePedro Bianchi Prata foi o mentor de todo o projecto que envolveu a participação de Hélder Rodrigues na «Grande Aventura».

Este ano, a equipa inscreveu três pilotos – «Estrelinha», o próprio Bianchi e Pedro Oliveira – e uma estrutura de apoio digna de uma equipa de topo.

Afinal, o objectivo era ambicioso: possibilitar que Hélder Rodrigues chegasse ao quinto posto.

Para Bianchi Prata foi a estreia… e que estreia. Diversos problemas fizeram-no estar várias vezes para desistir, mas… esse é um verbo que o piloto teima em não conjugar.

MOTOR: No ano passado, apenas inscreveram um piloto. Este ano, subiram a parada. Percebeste que era importante ter mais pilotos inscritos?

Pedro Bianchi Prata: Segui a prova do Hélder, no ano passado, até para perceber o que era o Dakar e o que era necessário para fazermos bons resultados. É óbvio que beneficiámos muito, mas mesmo muito, da experiência que o Hélder teve, que envolveu a preparação da moto e nos permitiu preparar as coisas da melhor forma. Percebi que para fazer um bom resultado, o piloto mais rápido tinha de ter alguém para o ajudar e foi o que aconteceu. Eu fui para chegar ao fim, mas sobretudo para ajudar o Hélder a chegar ao fim bem classificado. Era essa a prioridade. Tudo correu bem, felizmente. Quando precisou da minha ajuda, teve-a e foi importante.

M: A tua prova, de resto, foi marcada por uma boa dose de problemas…

PBP: De facto, tive muitos problemas extra-corrida. Sofri muito para chegar ao fim, mas quando meto uma coisa na cabeça e a vontade é muita é difícil haver barreiras que me travem.

M: A tua participação espelha o espírito original desta competição, nomeadamente em termos de espírito de sacrifício. É uma experiência violenta, em especial se feita de moto?

PBP: É sobretudo perigosa. Ou vais com a noção que vais para andar de pressa e estás preparado para isso ou então deves andar de devagar, poupar a moto e poupares-te a ti. São muitos dias e a parte psicológica é super importante. Não basta estar bem fisicamente, temos também de estar psicologicamente fortes. Fiz uma gestão do meu Dakar muito boa, embora tenha tido dois dias em que não dormi – um por causa de um furo na especial e outro quando uma fuga de óleo me fez perder muito tempo. Partia para o dia seguinte, mesmo sabendo que estava cansado e que não poderia dar o meu melhor e geria da melhor maneira.

M: Tiveste vários momentos complicados. Alguma vez pensaste em desistir?

PBP: Nunca baixei os braços e talvez por isso consegui terminar. Tive mil e uma peripécias que me podiam ter feito desistir, mas havia sempre uma solução. Acredito que a sorte somos nós que a fazemos. Ao procurarmos todas as soluções e ao darmos o máximo para atingirmos os objectivos, as coisas vão surgindo. Parte um pouco da formação das pessoas. Desde pequeno que os meus pais me habituaram a lutar pelas coisas e a não desistir.

M: Perceber de mecânica é fundamental e foi importante para ti?

PBP: Sim. Quando tive a fuga de óleo na moto, sabia que quando o camião chegasse teria pouco tempo e por isso tratei de desmontar tudo para demorar o menor tempo possível. É importante estar muito à vontade na área, até para perceber algum barulho que possa indicar um problema mecânico.

M: O que podemos esperar agora do Hélder e da vossa equipa?

PBP: A carreira do Hélder vai estar cada vez mais direccionada para os raids africanos. O objectivo é ganhar o Dakar e por isso este ano tem de haver muito desenvolvimento quer das motos quer do piloto quer em termos de navegação. A ambição da equipa é ir mais longe. Já vencemos a classe de 450cc por duas vezes e por isso queremos fazer sempre melhor.
MOTOR

abril 16, 2007

Carlos Sousa

PERFORMANCE NO DAKAR 2007 DEIXA PILOTO SATISFEITO
CHEGUEI A SONHAR COM O PÓDIO

Com 11 participações, dez das quais completas, na «prova-rainha» do todo-o--terreno, Carlos Sousa terminou a última edição do Lisboa-Dakar no sétimo lugar.

Numa prova em que os portugueses estiveram em destaque – Hélder Rodrigues terminou em quinto nas motos –,
o piloto luso, que esteve ao volante de um Volkswagen, considera ter feito uma das suas melhores prestações, pese embora tenha ficado aquém das expectativas em termos classificativos.

Em entrevista ao ND, Carlos Sousa faz o balanço da última participação, recorda os momentos--chave da prova e deixa uma garantia: se tudo correr como o previsto, vai estar mais forte em 2008.

Que balanço faz da sua participação no Lisboa-Dakar 2007?

Foi uma das minhas melhores participações, embora a classificação geral não o espelhe. É verdade que já consegui melhores classificações em edições anteriores, mas trata-se de uma prova de 18 dias. Podemos fazer tudo bem em 17, mas um dia é suficiente para ficarmos de fora da corrida. Está, portanto, satisfeito com o seu rendimento, apesar do resultado final...Sim. Gostei e até fiquei surpreendido com a minha performance. De todos aqueles pilotos, eu sou o que menos trabalhou este ano para conseguir um grande resultado mas devo confessar que, no inicio, fiquei optimista e, a dado momento, cheguei a sonhar com o pódio, porque o andamento era forte, o carro estava fantástico e a equipa correspondia.

Infelizmente, houve duas etapas em que as coisas nos correram mal, mas, na última semana, fizemos fantásticas posições em termos de geral. Isso deixa-me satisfeito, embora ficasse mais satisfeito se tivesse chegado ao pódio ou entre os cinco primeiros. De certa forma, acho que me redescobri. Durante dois anos não tive projecto nenhum, não fiz mais nada para além do Dakar e entrei para esta equipa relativamente tarde. Isso fez aparecer um novo Carlos Sousa. Quando todas as pessoas diziam que eu já estava fora da corrida, não tinha a rapidez dos da frente e ficava muito aquém do nível dos primeiros, não foi isso que aconteceu.
Resumindo, acho que as nossas prestações foram muito boas.

Que principais dificuldades encontrou durante a prova?

A maior dificuldade esteve nas condições climatéricas. Havia momentos de tempestades de areia que causavam problemas em termos de visibilidade e as dunas estavam diferentes, com a areia muito macia. Este ano, sabíamos que tínhamos 20 quilómetros de dunas. Todas as equipas entraram desenfreadamente e todas atascaram, sem excepção. Minimizou-se o facto de serem dunas com uma extensão curta e também de não querermos parar para vazar os pneus. Todas as equipas que entraram e não o fizeram, perderam mais tempo lá dentro a tirar o carro da areia. O resultado final não foi aquele que pretendia.

Quais os momentos fulcrais que motivaram este desfecho?

Para além do desencontro entre mim e o navegador (ver caixa) que nos fez atrasar muito na classificação, tivemos, depois, um problema relacionado com o óleo e também parámos para ajudar o Carlos Sainz durante 40 minutos. Noutra etapa, o diferencial partiu. Ao todo, perdemos mais de cinco horas, o que nos tirou por completo da prova.

Apesar do sétimo lugar final, fez uma excelente prova.

Isso demonstra que não é só bom o que vem de fora...Estivemos a um nível espectacular. Recebi os maiores elogios da minha antiga equipa (Mitsubishi) bem como da Volkswagen, pelo desempenho neste Dakar. Infelizmente, nem todas as pessoas sabem dar valor ao que é português. Há quem considere melhor o que vem de fora.

A sua associação à Team Lagos é um caso de sucesso?

Foi o Team Lagos que viabilizou o projecto. Em termos de patrocinadores, nós não conseguimos estar à altura dos «budgets» que eram pedidos para estas equipas de primeira linha. Tivemos, no Verão, uma conversa com o Team Lagos e foi-nos dito que a equipa se iria responsabilizar pelo projecto, avançando em vez de perder tempo à espera que os patrocinadores dissessem que sim ou que não. Entretanto, os contratos foram-se fechando. Devo ao Team Lagos a definição muito rápida do projecto e o facto de ter podido estar com algum tempo de antecedência no Dakar.

O que lhe disse o João Lagos sobre a sua prestação?

Perguntou-me se me sentia bem e eu disse-lhe que sim. Respondeu-me: “Se tu te sentes bem, eu também me sinto bem”. Penso que isso diz tudo. Ou seja, ele sabe que não vamos discutir o motor, os pneus ou a caixa de velocidade, até porque o desporto automóvel não é o seu maior trunfo. O nosso discurso é de piloto para empresário, ou talvez de empresário para empresário.

O que trouxe de positivo ao Lisboa-Dakar e ao nosso País, o facto de Lisboa ter passado a ser o ponto de partida?

Para nós portugueses, o Dakar deixou de ser qualquer coisa de impossível. Lembro-me dos anos em que fui o único português a chegar, entre quatro ou cinco representantes do nosso País. A partir do momento em que a prova começa a sair de Lisboa, o número de concorrentes aumentou exponencialmente. A própria organização sabe que esta é uma vantagem, já que o mesmo aconteceu quando o Dakar partiu de Espanha. Hoje, os espanhóis deverão ser a segunda maior comitiva de pilotos. Provavelmente, depois de 2008, a prova irá para outro Pais, repetindo-se a mesma situação noutros locais. Mas a verdade é que, pelo menos no próximo ano, o Dakar voltará a sair de Lisboa e a imagem que se deu nestes dois anos foi fabulosa. A própria organização elevou a fasquia muito alta, porque, tanto a Lagos Sport como Portugal souberam dar-lhes a demonstração de uma partida completamente diferente, de grande impacto, bem organizada e onde se verificou uma presença em força dos média. Embora se saiba que existe o interesse de João Lagos em prolongar o contrato que viabiliza a partida de Lisboa, desconhece-se o que vai realmente acontecer a partir de 2009, até porque a organização parece relutante em associa-la durante muitos anos ao mesmo país.

Essa rotatividade parece-lhe positiva?

Penso que a rotatividade não é má, até porque os próprios pilotos gostam de ir para sítios diferentes. Eu, por exemplo, tive muita pena de não fazer um Paris-Pequim ou um Paris-Cidade do Cabo... tenho apanhado muito do mesmo (risos). Além disso, quando se vai para sítios diferentes, as equipas estão mais niveladas. O que acontece é que, quando os percursos são os mesmos, as equipas com maiores posses treinam muito esses percursos e ganham vantagem sobre as restantes.

Como viu o sucesso do seu compatriota, Hélder Rodrigues, que terminou a prova de motas na quinta posição?

Com grande orgulho. Quando comecei a correr o Dakar, lembro-me que era grande a indiferença com que se olhava para os pilotos portugueses, minimizando o seu valor. Isso foi sendo ganho a pulso e é o que os «motards» estão a fazer. Estão a demonstrar que, também em Portugal, há pessoas com valor. Não é só o Hélder... são vários «motards». Eles trabalham durante todo o ano de uma forma muito profissional e merecem alcançar bons resultados. São novos, estão com uma motivação extraordinária e, por este caminho, tenho a certeza de que farão grandes resultados no Dakar... é só uma questão de tempo. Acho que vão vencer a prova mais depressa do que eu (risos).

Das 11 edições do Dakar em que participou, qual a que mais o marcou?

Esta última. Houve dois momentos muito especiais. O primeiro foi a partida de Lisboa e a vitória na primeira especial, que aconteceu por causa do público... puxou de tal maneira por mim que eu não podia ir devagar (risos). Depois, senti-me tão bem que repeti em Marrocos o mesmo que havia feito em Portugal... andar entre os da frente. O segundo momento foi o desencontro com o navegador... porque condicionou o sonho de chegarmos ao pódio.-------------

2008APARECER MAIS FORTE NO PRÓXIMO DAKAR

Vai continuar com o Volkswagen na próxima edição?

Eu gostaria que fosse para continuar. Há entre mim, o João Lagos e a Volkswagen, conversações para saber como vamos estar no próximo ano. A marca gostaria que eu me dedicasse mais às corridas. De 1994 a 2001 não fiz mais nada na minha vida senão corridas, mas, em 2001, liguei-me a outras actividades, nomeadamente ao mundo náutico (como empresário). Agora, sinto-me um pouco dividido. Mas terei de decidir se quero mais do mesmo e continuar a sonhar com o pódio no próximo Dakar, ou se quero assumir uma candidatura à vitória em 2008, o que implica começar a trabalhar na próxima semana.

Independentemente da sua decisão, afirmou publicamente que as expectativas em termos de resultados são mais ambiciosas para a edição de 2008...

Dentro de um ou dois meses terei o calendário definido. Se levarmos à risca o projecto que temos delineado, o novo Carlos Sousa ainda vai aparecer mais forte no próximo Dakar. É importante que um Dakar comece a ser preparado com grande antecedência?O Dakar já teve várias fases. Começou pela amadora, depois tornou-se muito profissional na altura da Citroen e da Mistsubishi. Quando as marcas se retiraram e o regulamento afastou os carros de orçamentos muito altos, voltou a cair para uma fase amadora e, agora, regressou à fase muito profissional. Uma vitória de qualquer marca no Dakar significa um retorno de investimento fantástico a nível mundial. Sabendo nós que estamos a atravessar um momento de grande profissionalismo no Dakar, quem não começar a trabalhar já para a edição de 2008, está fora da corrida.----------------

NAVEGADOR TUDO NÃO PASSOU DE UM DESENCONTRO

O seu desencontro com o navegador e o comunicado publicado pela organização da prova – e posteriormente retirado – onde era dito que teria abandonado o alemão Andreas Schulz, deram que falar em Portugal. Soube-se, depois, que tudo não passou de um simples desencontro...

Assim que estive com os jornalistas e me disseram que teria abandonado o navegador, fiquei perplexo e até lhes respondi: “Abandonei-o? Mas ele não está aqui ao meu lado?” Ou seja, na altura nem me apercebi da dimensão da história. Mas o primeiro grande erro foi da organização, porque, quem escreveu aquilo, não sabia o que estava a fazer... por duas razões: Primeiro porque, se abandonasse o meu navegador, mais valia que fizesse as malas e regressasse de imediato a casa já que uma equipa que chegue incompleta é desclassificada. Em segundo lugar, sujeitava-me a uma sanção que me poderia deixar vários anos sem conduzir. Seria incapaz de uma imbecilidade dessas. O que se passou exactamente?Foi um desentendimento que até deu para rir um bocadinho, embora nos tivesse prejudicado muito na classificação e hipotecado aquele pequeno sonho de podermos chegar ao pódio. O carro ficou atascado numa duna e o meu navegador saiu para o desatascar. Quando ele voltou para trás para ir buscar as placas, eu arranquei à procura de um local seguro para parar. Só que, entretanto, fiquei rodeado por um mar de carros e só parei cerca de um quilómetro e meio mais à frente. Ou seja, eu fiz um erro de amador quando não parei logo no primeiro cordão de dunas e ele fez o erro de ter voltado as costas ao carro. Tenho passado uma vista de olhos por alguns fóruns e sites na internet e o mais incrível é que, mesmo agora, depois de algumas explicações e sabendo-se que tudo não passou de um desencontro, ainda há pessoas que continuam a achar que o Carlos Sousa fez malandragem e deixou o desgraçado do navegador no meio do deserto... como se isso fosse possível. Mas nem me preocupei em fazer uma conferência de imprensa ou desmentido, porque a notícia tem tanto de complexo que só pode ficar a parte engraçada.
Norte Desportivo
Hélder Rodrigues o herói luso
Como dizia Paulo Marques ainda durante a prova, "quando os nossos motards tiverem condições iguais aos dos oficiais, vão lutar pelas vitórias".

Proféticas palavras de um dos portugueses que mais se distinguiu na prova, com uma vitória em etapa e vitórias na classe maratona.

Hélder Rodrigues entrou na galeria dos famosos em 2006 com um excelente nono lugar em ano de estreia.

Para 2007 partiu com alguns objectivos bem ambiciosos.

Ser o melhor da Yamaha, melhor na classe SP450 e ficar nos cinco primeiros.

Poucos pilotos se podem gabar de conseguirem na segunda participação na grande maratona um feito destes.
Foi conseguido por um português, até há alguns tempos não tão conhecido dos portugueses.

Na edição deste ano, com o limite de velocidade das motas a ser "levantado", as mais rápidas KTM ganhavam claramente em velocidade de ponta, fazendo Rodrigues perder na generalidade do percurso, que contrariamente ao previsto, era menos técnico, portanto, menos ao jeito de Hélder Rodrigues.

Fique com as declarações do nosso grande campeão do Dakar 2007.

"Estou muito contente com o este meu resultado. Cumpri todos os objectivos que tinha para este Dakar. Fiz uma corrida muito inteligente, rolando sempre forte sem cometer erros, poupando sempre que possível a mecânica da mota, pois um simples percalço podia comprometer a corrida e os objectivos que tinha traça no início.
Fiz 5º lugar da classificação geral,
1º da classe 450cm e
1º das Yamaha.
Quero também dedicar este resultado a toda a equipa que foi incansável desde Lisboa até aqui. Ao longo desta prova passa-mos por momentos muitos difíceis, mas que foram sempre resolvidos com muito profissionalismo. Agora é começar a pensar já no Dakar do próximo ano, para que possamos fazer uma prova ainda melhor."

De referir ainda, que na newsletter mundial da Yamaha, Hélder Rodrigues é mesmo apontado como a grande referência da marca na prova, fazendo passar para plano secundário, os pilotos oficiais.
Portal Radical
Sabor "agri-doce" para Miguel Barbosa

A segunda participação da dupla portuguesa, Miguel Barbosa/Miguel Ramalho, no Lisboa-Dakar 2007, apesar de ter tido um desfecho positivo, não foi aquele que a dupla da Vodafone Liberty Seguros Team desejou à saída da capital portuguesa.

O 24º lugar da geral, não espelha as prestações da dupla Bi-Campeã Nacional ao longo da prova.
O desfecho acabou por não ser o ambicionado, já que os objectivos da dupla passavam por terminar perto dos dez primeiros lugares.

A realidade é que Miguel Barbosa, em alturas que o Proto Dessoude permitiu, andou ao seu nível: "Tivemos de fazer frente a muitos problemas mecânicos que condicionaram a nossa prestação em determinadas etapas. Problemas mecânicos que passaram por transmissões partidas, a falhas de motor e ainda a problemas no macaco hidráulico, que simplesmente não funcionava nos momentos em que mais precisávamos dele: quando estávamos atascados", começou por explicar o piloto lisboeta.

Problemas estes que depois de definitivamente solucionados, mesmo que tarde, permitiram a Miguel Barbosa ser protagonistas de alguns brilharetes:

"As últimas etapas correram realmente muito bem. Para além do carro ter tido o comportamento que sempre desejei, desde o início, o Miguel Ramalho, o meu navegador, fez um trabalho excepcional nas etapas que eram especialmente complicadas em termos de navegação. Sempre que todos os aspectos a funcionavam bem, os resultados começavam a aparecer", considerou.

Finalmente, Miguel Barbosa mostrava que as suas ambições de rodar entre os dez primeiros lugares tinham razão de ser:
"Nunca coloquei em causa o meu profissionalismo. Mas o certo é que, como em qualquer caso, é difícil combater estas falhas mecânicas. Em etapas tão longas como as do Dakar, o mínimo problema em termos de resultado, passava a ser um grande problema, em termos de geral. Já sem falar que a organização me penalizou por duas vezes, colocando-me a partir para a especial de uma posição que não correspondia à verdadeira", continuou a explicar o piloto português.

"Sempre que o carro permitiu, dei o máximo e apresentei resultados. Mostrei que em condições normais teria mesmo rodado entre os dez primeiros. Fica apenas o consolo porque não posso mudar o resultado final", disse.

Miguel Barbosa, ficou ciente que esta sua segunda participação lhe trouxe ainda mais experiência e isso é muito positivo para o futuro: "Senti-me adaptado, no entanto, acho que as classificativas de Marrocos eram as mais exigentes. E penso que no futuro, serão essas que teremos de trabalhar melhor. Teremos mais um ano de preparação, porque conto, uma vez mais estar à partida de Lisboa em 2008", concluiu Miguel Barbosa satisfeito com todo o trabalho que desenvolveu ao longo da mais dura e mítica prova do Todo-o-terreno.
Sapo Infordesporto
Carlos Sousa diz foi «a melhor das 11 participações»,

O piloto português Carlos Sousa fez hoje um balanço da sua participação no rali todo-o-terremo Lisboa-Dakar2007 e considerou que foi a melhor das suas 11 presenças, apesar do sétimo posto final em automóveis.

«Este Lisboa-Dakar foi desportivamente o melhor das 11 participações. Gostei imenso da equipa e do Volkswagen Race Touareg 2 e conseguimos um resultado acima da realidade do nosso andamento», afirmou o piloto do Team Lagos, em declarações reproduzidas num comunicado.

Sousa sublinhou que «a diferença por quilómetro para (o espanhol) Carlos Sainz (vencedor de cinco etapas) foi bastante pequena» e isso «ajudou as pessoas a entender o forte andamento» que impôs, permitindo bater «várias vezes os Mitsubishi oficiais».

O piloto de Almada lamentou, no entanto, a existência de «um problema na transmissão na 10ª etapa» que o fez «perder imenso tempo e terminar o dia no 53º lugar», criando um fosso muito grande para os pilotos da frente.

Sousa comentou também o incidente que protagonizou na sétima etapa, quando perdeu de vista o seu co-piloto, o alemão Andreas Schulz, e teve de o procurar nas dunas da Mauritânia, perdendo muito tempo e o terceiro lugar da classificação geral, que mantinha desde a segunda tirada.

Na altura, com o Volkswagen atolado numa duna, Sousa e Schulz colocaram as placas debaixo dos pneus para tirar o automóvel do local e, quando arrancou, o português passou todo o cordão dunar, perdendo de vista o co-piloto, que ficara a recolher as placas.

«Infelizmente, o facto de o Andy não saber onde eu tinha parado o carro para vir ter comigo, deveu-se a termos ficado um pouco longe, mas sem hipóteses de ir ao seu encontro, porque o carro voltaria a enterrar-se. Fi-lo a pé e demorou um pouco mais que o que seria habitual», explicou.

A organização noticiou que Sousa tinha deixado o co-piloto apeado devido a um desentendimento, mas o português desfez o mal entendido.

«O assunto foi lamentavelmente deturpado pela própria organização e deu oportunidade a que muita gente aproveitasse este momento para realizar críticas infundadas», justificou Carlos Sousa, precisando que «tudo passou logo no dia seguinte», quando fez o nono lugar na etapa, apesar de ter partido «muito atrasado relativamente ao grupo da frente».

Sousa recorda ainda os resultados dos últimos dias de prova para frisar o bom andamento da dupla e do Volkswagen, que o colocou de novo entre os pilotos mais rápidos da caravana.

«Conseguimos tirar o melhor partido das capacidades do Touareg e da fisionomia do percurso para realizar boas marcas, como foram o segundo lugar da 12ª etapa, o terceiro na 14ª e dois quartos lugares nas etapas 13 e 15», sublinhou.

Apesar de não ter conseguido o objectivo inicial de melhorar o sétimo posto de 2006, o piloto que tem a melhor classificação de sempre de um português no Dakar (4º em 2003) afirmou-se «orgulhoso» por «fazer parte de uma equipa com nomes como Carlos Sainz e Ari Vatanen».

Considerou ainda que fez «o melhor para se falar de Portugal por todo o Mundo» e agradeceu o incentivo recebido «dos espectadores portugueses, nas duas primeiras especiais» e também em Marrocos.

«Devo agradecer publicamente a toda a equipa técnica que proporcionou um carro fantástico, ao João Lagos e a Joana Lemos (responsáveis da organização portuguesa do Dakar e do Team Lagos) que tornaram possível esta minha participação», disse ainda o piloto de Almada.

Diário Digital / Lusa

fevereiro 28, 2007

Carlos Sousa foi quarto classificado na derradeira etapa do Lisboa-Dakar'2007
e terminou este ano no 7.º lugar,
numa prova que foi ganha por Stéphane Peterhansel.

O francês conseguiu assim a 9.ª vitória no Dakar, 3.ª nos automóveis, depois de 6 vezes nas motos.

Luc Alphand (Mitsubishi) ficou no segundo lugar da classificação geral final, a somente 7 minutos 26 segundos do colega de equipa. Um outro francês, Jean-Louis Schlesser completou o pódio a 1 hora, 33 minutos e 57 segundos de Peterhansel. Em relação ao português ficou a mais de 5 horas do vencedor.Quanto à etapa, o sul-africano De Villiers, que venceu a última especial ao percorrer os 16 quilómetros cronometrados em 7 minutos e 42 segundos, bateu o espanhol Carlos Sainz que gastou mais 2 segundos que o vencedor. No 3.º lugar ficou o norte-americano Gordon, que num Hummer, demorou 8 minutos 8 segundos, 16 segundos mais rápido que Sousa.
Jornal Record
Elisabete Jacinto (camiões) termina Dakar 2007 no 21º lugar


O camião de Elisabete Jacinto cruza-se com Bernardo Vilar, nas dunas Elisabete Jacinto, a única concorrente nacional em camiões, e a única mulher portuguesa em prova depois da desistência de Madalena Antas, terminou o Dakar 2007 na 21ª posição.Na etapa de hoje, disputada nas areias da praia de Dakar e à volta do Lago Rosa, Elisabete Jacinto foi 19ª, depois de ontem, na 14ª etapa, ter conseguido a sua melhor classificação deste ano, tendo terminado em 16º lugar.
É a melhor classificação de sempre da portuguesa Elisabete Jacinto em todas as suas participações no Dakar, como motard ou ao volante de um camião.Em camiões, esta última etapa foi ganha pelo holandês Arjan Brouwer, seguido a 52 segundos pelo checo Ales Loprais e a 54 segundos pelo também holandês Bekx.Hans Stacey foi o vencedor deste Rali Euromilhões Lisboa-Dakar em camiões. Foi a primeira vez que um holandês venceu nesta categoraia, desde que, há 20 anos, a prova foi ganha por Jan de Rooy. Segundo na prova de 2006, o holandês Hans Stacey ganhou hoje o seu primeiro Dakar com 3h10’52” de avanço sobre o russo Ilgizar Mardeev e 4h45’30 sobre o chego Ales Loprais.21 de Janeiro de 2007 14:02
Barlavento Jornal
Vantagem Volkswagen
DESDE 1985 QUE A MARCA QUE LIDERA NO DIA DE DESCANSO NÃO CEDE

Cumprida a primeira metade do Euromilhões Lisboa-Dakar, ontem foi dia de descanso para os pilotos.

Mas os mecânicos não têm mãos a medir na afinação dos veículos para atacar as 8 etapas que restam até ao Lago Rose.

Olhando para trás, facilmente se conclui que 2007 pode marcar o fim do domínio que os Mitsubishi têm imposto na mais famosa prova de todo-o-terreno a nível mundial. É que os Volkswagen estão a ter um desempenho irrepreensível, com Giniel de Villiers a liderar, seguido de Carlos Sainz que, na sua segunda participação, parece ter apreendido bem os ensinamentos do ano anterior, concretamente ao nível da navegação.

Mas há mais.

Se juntarmos Carlos Sousa ao grupo dos Touareg, a marca alemã contabiliza 5 vitórias em 7 etapas

– apenas Jean-Louis Schlesser (4.ª etapa) e Robbie Gordon (6.ª) lograram furar o domínio Volkswagen.Mas a Mitsubishi continua “à espreita” do mínimo deslize de Villiers e Sainz. Se o sul-africano e o espanhol dão o comando da prova à VW, a verdade é que, logo atrás, surgem Stephane Peterhansel (a 24,38 m), Luc Alphand (a 33,53 m) e Hiroshi Masuoka (a 1.11,30 h), todos da marca nipónica.
Jornal Record.
Incêndio no carro de Giniel de VilliersPROVOCADO POR PROBLEMA NO TURBOA

9.ª etapa do Lisboa-Dakar está a ser marcada pela infelicidade do líder Giniel de Villiers. Um problema do turbo incendiou, ao km 129, o veículo do sul-africano. O site da prova escreve que o piloto da Volkswagen está parado ao pé do Rochedo dos Elefantes à espera da sua assistência.À partida para esta etapa entre Tichit e Nema, Giniel de Villiers liderava com uma vantagem de 31,13 minutos sobre Peterhansel.Data: Segunda-feira, 15 Janeiro de 2007 - 11:10 Record
Sousa é segundo na 12ª etapaMIGUEL BARBOSA CHEGOU EM 14ºCarlos Sousa (Volkswagen) foi o segundo piloto a terminar a especial de hoje, entre Ayon e Kayes, a 3:53 minutos do vencedor, o espanhol Carlos Sainz (Volkswagen). Luc Alphand (Mitsubishi) foi terceiro, a 4:52 minutos. O líder da geral, o francês Stéphane Peterhansel (Mitsubishi), terminou a 12ª etapa em sétimo, enquanto Miguel Barbosa (Proto Dessoude) foi 14º, a 18.30 minutos de Sainz. Na geral, Carlos Sousa é sétimo, a 5:16.21 do líder e Miguel Barbosa 22º, a 14:15.54.

Classificações:- 12.ª ETAPA:

1. Carlos Sainz (Espanha), Volkswagen, 2:58:56 horas2. Carlos Sousa (Portugal), Volkswagen, a 3:53 minutos3. Luc Alphand (França), Mitsubishi, a 4:52 4. Nasser Al Attiyah (Qatar), BMW, a 6:10 5. "Nani" Roma (Espanha), Mitsubishi, a 6:32 (...)14. Miguel Barbosa (Portugal), Proto, a 18:30 37. Nuno Inocêncio (Portugal), Mitsubishi, a 44:44 38. Francisco Inocêncio (Portugal), Mitsubishi, a 45:07 52. Paulo Marques (Portugal), Toyota, a 55:53 - GERAL:1. Stephane Peterhansel (França), Mitsubishi, 40:42:342. Luc Alphand (França), Mitsubishi, a 6:29 minutos 3. Jean-Louis Schlesser (França), Schlesser, a 1:34:02 horas4. Nasser Al Attiyah (Qatar), BMW, a 1:58:045. Mark Miller (EUA), Volkswagen, a 2:15:55 (...)7. Carlos Sousa (Portugal), Volkswagen, a 5:16:2128. Miguel Barbosa (Portugal), Proto, a 14:15:54 47. Francisco Inocêncio (Portugal), Mitsubishi, a 21:02:59 68. Nuno Inocêncio (Portugal), Mitsubishi, a 34:44:3870. Paulo Marques (Portugal), Toyota, a 36:02:50Data: Quinta-feira, 18 Janeiro de 2007 - 15:27
JornalRecord
Miguel Barbosa «satisfeito» com 10.ª etapa

Motivado por «um bom dia» ao longo da 10.ª etapa do Rali Euromilhões Lisboa Dakar 2007, o piloto português do Proto Dessoude, Miguel Barbosa, afirmou, na terça-feira, esperar apenas que as próximas etapas «continuem neste ritmo. Mesmo que já tenha pouco tempo para recuperar em termos de classificação geral».Concluída a 10.ª etapa no 13.º posto, Miguel Barbosa reconheceu que «A classificativa correu-nos, de modo geral, bem», embora tenha sofrido «ao início porque andámos mais de 100 quilómetros no pó de um adversário sem o conseguirmos passar».Consequência dessa falta de visibilidade, a dupla Miguel Barbosa/Miguel Ramalho não conseguiu, inclusivamente, evitar um toque numa árvore, que deixou o Proto «estragado do lado esquerdo, mas foi apenas chapa, o que não impediu que prosseguíssemos num bom andamento».«Estava tudo a correr bastante bem mas depois tivemos um furo, que nos obrigou à paragem e por consequência a uma perda significativa de tempo», recordou o português, que, ainda assim, no final da etapa, não escondia alguma satisfação.«Não pode correr sempre tudo mal. Hoje foi de facto um bom dia que poderia ter terminado melhor ainda. Mas, mesmo assim, estou satisfeito. Espero que as restantes etapas continuem neste ritmo. Mesmo que já tenha pouco tempo para recuperar em termos de classificação geral», concluiu.17-01-2007 10:09:26
Diário Digital
Carlos Sousa sobe para 7.º lugar
SCHLESSER GANHA TIRADA E PETERHANSEL LIDERANÇA

Jean-Louis Schlesser foi o grande vencedor da etapa de hoje, a 9.ª, que ligou Tichit a Néma. O piloto francês conseguiu ser 13 segundos mais rápido que Luc Alphand (2.º), mas é ao compatriota Stephane Peterhansel que cabe a liderança na classificação geral, pois o prévio líder, o sul-africano Giniel De Villiers, viu o turbo do seu Volkswagen pegar fogo à viatura (teve de ser rebocado à corda para a linha de chegada) durante a tirada etapa, enquanto Carlos Sousa subiu ao sétimo lugar, a 4:11.29 horas do líder. Completando um dia aziago para a VW, o espanhol Carlos Sainz perdeu o 4.º lugar devido a perturbações na electrónica do carro. Peterhansel tem agora 7.50 minutos de vantagem sobre o companheiro de equipa Luc Alphand e 1:23.21 horas sobre o BMW de Nasser Al Attivah, do Qatar.Data: Segunda-feira, 15 Janeiro de 2007 - 15:47 Record.
Ricardo Leal Santos a Solo e 2º português

O Euromilhões Lisboa Dakar 2007 viveu hoje, na etapa entre Atar e Tichit, a mais difícil jornada desta 29ª edição da mítica competição africana. Uma etapa como um sector selectivo de 589 quilómetros que Ricardo Leal dos Santos, o piloto do Cetelem Desert Team, demorou quase doze horas a cumprir mas que, mesmo assim, lhe permitiu ser o segundo mais rápido entre os portugueses e o 45º da classificação geral."Foi uma etapa duríssima. Sozinho no carro a minha grande preocupação e evitar atascar porque, se já é difícil para dois, para um é uma tarefa titânica. Utilizei toda a minha astúcia para ultrapassar os primeiros obstáculos que me fora surgindo e percebi que me estava a safar muito bem, pela quantidade de carros que ia deixando para trás. Mesmo assim parei dúzias de vezes, para vazar ou encher os pneus, conforme recomendavam as situações. Nisso nunca facilitei. Já na parte final da etapa, quando encostei para deixar passar um concorrente acabei por ficar preso num monte de areia e perdi alguns minutos que já não estavam no programa. Estou muito satisfeito por ter sido o segundo dos portugueses, porque isso só vem provar que tenho razão quando digo que não estou cá só para ganhar a Categoria Solo", salientou Ricardo Leal dos Santos, à chegada a Tichit, no final da primeira metade da etapa maratona que terminará amanhã em Nema.A etapa de amanhã leva a caravana do Euromilhões Lisboa Dakar a Nema, numa especial que terá 494 quilómetros de extensão. O deserto será a nota predominante. Mais uma vez os navegadores terão uma posição de destaque. Com raros pontos de referência, atingir Nema de dia será já uma vitória.Infordesporto
Carlos Sousa abandonou co-piloto no meio do deserto
[ 2007/01/12 16:05 ]

O piloto português Carlos Sousa está a ser um dos destaques da 7ª etapa do Lisboa-Dakar 2007, mas não pelos melhores motivos. Por volta das 15 horas, o condutor luso perdeu alguns minutos após ter encalhado num duna e decidiu arrancar sem o seu co-piloto, o alemão Andreas Schulz.«Após ter perdido preciosos minutos por ter encalhado numa duna, o piloto português Carlos Sousa, furioso com o seu co-piloto Andreas Schulz, retomou a prova sem esperar por este último. O co-piloto alemão procura agora desesperadamente piloto e carro desde há 45 minutos», podia ler-se no «site» oficial da prova.«Após ter abandonado de um momento para o outro o seu co-piloto Andreas Schulz na especial, o piloto português Carlos Sousa espera agora o alemão ao km 299 da especial», refere a última actualização da 7ª etapa. Recorde-se que Sousa apenas poderia concluir a etapa se tivesse a companhia do seu co-piloto... dentro do carro. À partida para esta etapa, Carlos Sousa era o terceiro na classificação geral dos automóveis.Por volta das 16 horas, o piloto português reencontrou-se finalmente com Andreas Schulz e retomou a prova.Mais Futebol
Paulo Gonçalves termina dia com 19º tempo

Piloto de Esposende não quebra ritmo de ascensão Paulo Gonçalves, do Team Repsol Honda, continua a rodar a muito bom ritmo no Lisboa/Dakar 2007, conseguindo na difícil Etapa de hoje que ligou Tan Tan a Zouérat, já na Mauritânia, magnífico 19º lugar ao cabo dos 394 quilómetros de Especial. Um resultado que mostra bem a regularidade do piloto português e que o deixa mais próximo dos 15 primeiros."Foi uma Etapa positiva e sem problemas de maior, isto apesar de ter sido a tirada mais longa deste Dakar 2007. O mais difícil foram os muitos quilómetros que tivemos de fazer por zonas muito pedregosas e o facto de termos encontrado os primeiros troço de erva de camelo", começou por adianta "Speedy" que voltou a subir mais uma posição na geral. "Em termos competitivos foi também um dia importante uma vez que voltei a subir na geral e estou cada vez mais perto dos 15 primeiros. Espero que amanhã as coisas me corram da mesma forma, principalmente espero apresentar o mesmo tipo de ritmo rápido que me tem permitido não perder assim tanto tempo como tudo isso para os primeiros nestas últimas Especiais", confessou Paulo Gonçalves que ocupa actualmente o sexto posto entre as máquinas de 450cc e está a cerca de sete minutos do quinto posto da classe.A tirada de amanhã vai levar os pilotos de Zouérat a Atar num total de 580 quilómetros, dos quais 542 serão disputados ao cronómetro por entre várias zonas de dunas e longas tiradas de erva de camelo. Paulo Gonçalves, que hoje levou mais 19m47s que o vencedor Jordi Viladoms a percorrer a Especial, será o 19º piloto a partir para a sétima Etapa do Lisboa/Dakar 2007.Sapo-Infordesporto.
Sainz perde terreno

SOUSA CONTINUA EM TERCEIRO APÓS A ETAPA MAIS LONGA

Carlos Sainz perdeu algum tempo para Giniel De Villiers, segundo classificado, concluída a 6.ª etapa do Lisboa-Dakar'2007, que foi ganha por Robby Gordon (Hummer). Carlos Sousa continua em terceiro, depois de terminar a tirada na 7.ª posição.Sainz foi 4.º, gastando mais 7.17 minutos que o vencedor da etapa mais longa do Dakar. Giniel de Villiers, 2.º da geral, recuperou 25 segundos e está agora a 3.11 minutos de distância do líder.Carlos Sousa aumentou a margem para cerca de nove minutos do detentor do título, o francês Luc Alphand (Mitsubishi), quarto. No entanto, perdeu mais três minutos para Sainz. 14.03 minutos separam agora o português do espanhol.

6.ª etapa - Tan-Tan (Marrocos)/Zouérat (Mauritânia) (394 km; 817 no total)

1. Robby Gordon (EUA/Hummer), 2:58:57 horas2. Jean-Louis Schlesser (França/Schlesser-Ford), a 0:17 3. Giniel De Villiers (África do Sul/Volkswagen), a 6:524. Carlos Sainz (Espanha/Volkswagen), a 7:175. Stéphane Peterhansel (França/Mitsubishi), a 7:496. Nasser Saleh Al Attiyah (Qatar/BMW), a 8:247. Carlos Sousa (Portugal/Volkswagen), a 10:038. Luc Alphand (França/Mitsubishi), 10:459. Mark Miller (EUA/Volkswagen), a 12:3810. Krzysztof Holowczyc (Polónia/Nissan), a 19:43Geral1. Carlos Sainz (Espanha/Volkswagen), a 16:00:04 horas2. Giniel De Villiers (África do Sul/Volkswagen), a 3:113. Carlos Sousa (Portugal/Volkswagen), a 14:03. 4. Luc Alphand (França/Mitsubishi), a 23:555. Stéphane Peterhansel (França/Mitsubishi), a 25:036. Jean-Louis Schlesser (França/Schlesser-Ford), a 28:507. Joan Nani Roma (Espanha/Mitsubishi), a 37:318. Mark Miller (EUA/Volkswagen), a 54:539. Hiroshi Masuoka (Japão/Mitsubishi), a 1:04:2310. Nasser Saleh Al Attiyah (Qatar/BMW), 1:23:32Data: Quinta-feira, 11 Janeiro de 2007 - 17:20
Jornal Record
Hélder Rodrigues volta ao "top-ten

"CAMPEÃO COMA CONTINUA LÍDER NAS MOTOS

Hélder Rodrigues (Yamaha) voltou hoje a entrar no "top-ten" da geral das motos do Dakar - ocupa agora o nono lugar - ao acabar esta sexta etapa, que ligou Tan-Tan (Marrocos) e Zouerat (Mauritânea), no sétimo posto, com mais 1:24.28 horas que Marc Coma.O espanhol (em KTM) segue líder da prova, embora tenha chegado 57 segundos depois do seu compatriota, Jordi Viladoms (KTM), o vencedor da etapa em 3:45.45, aumentando para 12.07 minutos a vantagem sobre o segundo classificado na geral, o também espanhol Esteve Pujol (KTM).Ruben Faria (Yamaha) subiu do 120.º para o 88.º lugar da geral graças ao 14.º lugar obtido hoje, apesar de ter sofrido uma penalização de uma hora, e Paulo Gonçalves (Honda), segundo melhor português na geral ocupando na 17.ª posição, concluiu a etapa de hoje no 19.º posto.

6.ª etapa - Tan-Tan (Marrocos)/Zouérat (Mauritânia)(394 km; 817 no total)

1. Jordi Villadoms (Esoanha/KTM), 3:45:45 horas2. Marc Coma (Espanha/KTM), a 0:573. Chris Blais (EUA/KTM),a 1:004. Isidre Esteve Pujol (Espanha/KTM), a 3:085. Frans Verhoeven (Holanda/KTM), a 3:296. Giovanni Sala (Itália/KTM), a 5:547. Hélder Rodrigues (Portugal/Yamaha), a 7:098. David Casteu (França/KTM), a 7:559. Pal Anders Ullevalseter (Noruega/KTM), a 8:3410. David Frétigné (França/Yamaha), a 8:43Geral1. Marc Coma (Espanha/KTM), 17:55:30 h2. Isidre Esteve Pujol (Espanha/KTM), a 12:073. David Casteu (França/KTM), a 44:394. Chris Blais (EUA/KTM), a 47:395. Cyril Despres (França/KTM), a 57:186. Jordi Villadoms (Espanha/KTM), a 1:07:107. Frans Verhoeven (Holanda/KTM), a 1:11:458. David Frétigné (França/Yamaha), a 1:18:159. Hélder Rodrigues (Portugal/Yamaha), a 1:24:2810. Francisco Lopez (Chile/Honda), a 1:27:12Data: Quinta-feira, 11 Janeiro de 2007 - 17:3
Publicação: Jornal Record.
CARLOS SAINZ É O NOVO COMANDANTE

Sousa perde liderança

O automóvel do sul-africano Giniel De Villiers (Volkswagen) foi o primeiro a concluir a etapa de hoje, entre Nador e El Rachidia em 2:46.12 horas.O espanhol Carlos Sainz (também da VW), foi segundo (a 25 segundos), mas garantiu a liderança na classificação geral, estatuto que era, até hoje, do português Carlos Sousa (VW), que terminou a primeira etapa, em África, no sexto lugar (a 5.36 minutos do vencedor da etapa).Em terceiro, na etapa, quedou-se Stéphane Peterhansel (Mitsubishi) a 3.18 minutos do sul-africano. Sousa caiu para o terceiro lugar da geral, a 4.26 minutos do espanhol.

3.ª etapa - Nador - Er Rachidia, Marrocos)

1. Giniel de Villiers (África do Sul) Volkswagen, 2:46:122. Carlos Sainz (Espanha) Volkswagen 2:46:373. Stephane Peterhansel (França) Mitsubishi 2:49:304. Luc Alphand (França) Mitsubishi 2:49:545. Mark Miller (EUA) Volkswagen 2:50:076. Carlos Sousa (Portugal) Volkswagen 2:51:487. Hiroshi Masuoka (Japão) Mitsubishi 2:51:528. Nani Roma (Espanha) Mitsubishi 2:55:309. Guerlain Chicherit (França) BMW 2:55:3210. Nasser Al-Attiyah (Qatar) BMW 2:58:28Geral1. Carlos Sainz (Espanha) Volkswagen 5:09:192. Giniel de Villiers (África do Sul) Volkswagen 5:10:21 3. Carlos Sousa (Portugal) Volkswagen 5:13:454. Stephane Peterhansel (França) Mitsubishi 5:15:22 5. Mark Miller (EUA) Volkswagen 5:18:316. Hiroshi Masuoka (Japão) Mitsubishi 5:20:367. Nani Roma (Espanha) Mitsubishi 5:20:568. Luc Alphand (França) Mitsubishi 5:21:189. Guerlain Chicherit (França) BMW 5:22:1810. Nasser Al-Attiyah (Qatar) BMW 5:31:58
Carlos Sainz aproveitou ontem o traçado típico de rali, bem ao seu gosto, para vencer a "especial" de Portimão na serra de Monchique, deixando o 2.º classificado, Luc Alphand, a 29 segundos."Esta especial era mais lenta do que no ano passado, com muitas curvas, zonas estreitas e algumas variações no tipo de piso; numas zonas patinava mais, noutras menos", começou por dizer o espanhol, no fim da prova, regozijando-se por ter saído dos traçados "perigosos de Portugal sem ter danificado o carro, que é o mais importante".

Naturalmente mais satisfeito do que na véspera, estava Luc Alphand. O francês da Mitsubishi começou a prova "preocupado por ter 17 concorrentes à frente para ultrapassar", mas acabou feliz porque "eles foram [quase] todos muito porreiros".
Jornal Record

fevereiro 27, 2007

Lavigne diz que foi «melhor partida em 20 anos»

O responsável da organização francesa do rali todo-o-terreno Dacar, Etienne Lavigne, afirmou hoje que a partida da 29ª edição da prova, de Lisboa, «foi a melhor dos últimos 20 anos».

«Foi um enorme prestígio para o Dakar ter começado em Lisboa e posso afirmar que esta foi a melhor Grande Partida dos últimos 20 anos. Simplesmente fabuloso», afirmou o organizador francês.

Para Lavigne, «o que se passou em Portugal foi grandioso» e apontou «o entusiasmo do público, a qualidade da organização e o espectáculo dados pelos pilotos» como três razões para utilizar esse adjectivo.
«Não tenho dúvidas nenhumas em afirmar que a competição deste Lisboa-Dakar começou efectivamente sábado, com a especial na Comporta», afirmou ainda o responsável francês, que garantiu ter tido um retorno positivo dos pilotos relativamente ao traçado escolhido pela organização portuguesa para a primeira etapa.

O responsável da ASO, empresa francesa que organiza o Dakar, disse estar ainda incrédulo pelo facto de cerca de 500.000 pessoas terem estado na rua para assistir à primeira etapa da prova, desde Lisboa até Portimão, e elogiou o acolhimento português.

«Ter cerca de meio milhão de pessoas a ver o Lisboa-Dakar num só dia é inacreditável. Há muitos anos, lembro-me de algo semelhante, mas são de facto números fantásticos, que comprovam a paixão que as pessoas têm por esta prova, que pelo segundo ano acolhem tão bem», sublinhou.

Sobre a parte desportiva da prova em Portugal, que terminou com dois líderes portugueses, Hélder Rodrigues, em motos, e Carlos Sousa, nos carros, Lavigne considerou que foi bom para o público português, para os pilotos, por «terem conseguido mostrar as suas capacidades», mas sublinhou os «riscos» corridos por ambos para terminarem nessas posições.

«Ambos deram o seu melhor nestas duas etapas e correram bastantes riscos para conquistar e manter as suas posições. Não foi fácil, tiveram de lutar para as obterem. Também é óptimo para Portugal e os portugueses, que vibraram tanto com a corrida», afirmou.

O organizador francês recordou, no entanto, que «pode acontecer muita coisa até Dakar», mas frisou que «as duas especiais em Portugal são capitais para o que se vai passar em África, funcionando como uma espécie de barómetro».
Diário Digital / Lusa
A Parkalgar, promotora do Autódromo Internacional do Algarve e impulsionadora da carreira de Miguel Praia, decidiu atribuir Prêmios de 10.000€ a qualquer piloto da Algarve SPEDAkar Team (Ruben Faria, Nuno Mateus e Ricardo Pina) que durante o Lisboa-Dakar 2007 vença etapas.

Assim, Ruben Faria que ganhou a Etapa de abertura da prova, quando chegou ao final da especial a Portimão, foi surpreendido com a notícia, que até então não tinha sido divulgada aos pilotos da equipe, para que não funcionasse como um qualquer motivo de pressão.Miguel Praia, o único piloto português a participar no Campeonato do Mundo de Supersport, ficou responsável por entregar a Ruben Faria o cheque: “Fiquei muito surpreendido e ao mesmo tempo contente. E devo agradecer à Parkalgar este prêmio assim como louvar esta atitude”, disse Ruben Faria.Para Paulo Pinheiro o responsável pela Parkalgar, considera que: “Todos os bons resultados deveriam ser premiados. E eu estou realmente satisfeito por o poder fazer. Temos ótimos pilotos e por vezes não os sabemos valorizar. Se o Ruben venceu a especial é porque o mereceu e como tal, penso que faz todo o sentido, este incentivo. E espero poder dar mais cheques . Significaria que eles tinham vencido mais etapas e que o Algarve estava na boca do mundo”, referiu o responsável por aquela entidade.
Texto: Rute VieiraFoto:Divulgação
Hélder Rodrigues vence segunda etapa

O português Hélder Rodrigues (Yamaha) ascendeu hoje à liderança do rali todo-o-terreno Lisboa-Dakar 2007 em motos, ao vencer a «especial» da segunda etapa, que liga Portimão a Málaga, Espanha.
Rodrigues, que na véspera tinha conseguido o segundo posto, a 16 segundos do vencedor da primeira tirada, o compatriota Ruben Faria (Yamaha), terminou os 67 quilómetros da prova de classificação com o tempo de 1:02.44 horas.
Com o resultado de hoje, Hélder Rodrigues ascendeu ao primeiro posto, com o tempo total de 2:25.07 horas e 47 segundos de vantagem sobre Ruben Faria, que caiu e sofreu um forte traumatismo num joelho, mas conseguiu terminar o troço cronometrado em segundo, a 1.03 minutos do vencedor do dia.

O terceiro mais rápido no troço disputado na serra algarvia foi o espanhol Isidre Esteve Pujol (KTM), que ficou a 1.45 minutos de Rodrigues e está a 6.59 do líder na classificação geral.

O francês David Casteau e o espanhol Marc Coma, vencedor da edição 2006 do Dakar, foram quarto e quinto na «especial» de hoje, respectivamente.
O gaulês segurou assim o quarto posto da classificação geral, enquanto Coma ascendeu do 13º ao oitavo lugar.
O terceiro melhor português, com o 13º tempo do dia, a 4.43 minutos de Rodrigues, foi João Nazaré Santos, numa moto de quatro rodas - João Nazaré Santos lidera a classificação dos «Quad» e ocupa o 55º posto da geral.
Após a «especial», os pilotos iniciaram a ligação para Málaga, onde hoje embarcam para Marrocos, país no qual se disputa a terceira etapa, na segunda-feira.
Diário Digital / Lusa
07-01-2007 11:58:00
Lisboa-Dakar 2007: Mais de 300.000 assistem à segunda etapa

A organização do rali todo-o-terreno Lisboa-Dakar 2007 revelou que 300.000 a 350.000 pessoas assistiram hoje à segunda etapa da prova, cuja especial foi disputada na serra algarvia, depois de os concorrentes terem largado de Portimão para Málaga, Espanha.

Na primeira de quatro zonas de espectáculo que a organização montou no percurso da especial estiveram «mais de 40.000 pessoas», enquanto na segunda, terceira e quarta marcaram presença «mais de 60.000», de acordo com os organizadores.

Na zona VIP e em Portimão, de acordo com a organização, estiveram a ver a caravana do Lisboa-Dakar 200.000 pessoas.

A esta estimativa junta-se os mais de meio milhão de espectadores que estiveram a assistir sábado à primeira etapa, entre Lisboa e Portimão, o que perfaz um total de entre 800.000 a 900.000 espectadores nos dois dias que a principal prova de todo-o-terreno do Mundo esteve em Portugal.

A organização adiantou ainda que foram credenciados 302 órgãos de comunicação e distribuídas 527 credenciais a jornalistas e fotógrafos, 181 dos quais portugueses.
Diário Digital / Lusa
07-01-2007 16:19:00
Hélder Rodrigues promete atacar

NO 2.º LUGAR A APENAS 6 SEGUNDOS DE RÚBEN FARIA

O dia correu bem para outro motard português, para além do vencedor Rúben Faria. Hélder Rodrigues terminou em 2.º lugar, a 6 segundos do piloto algarvio, e promete mais."Amanhã é atacar e tentar vencer", disse o piloto da Bianchi Prata Team, com um senão...

"O meu objectivo não é arrancar na frente em Marrocos. Preferia entrar em 10.º ou 15.º, porque ajudava à navegação nos primeiros quilómetros. Mas, contra a minha vontade, em Portugal temos mesmo de atacar", explicou.Quanto à 2.ª posição, não ficou aquém das suas expectativas. "Queria um dos três primeiros lugares. Era esse o meu objectivo. Abaixo disso é que não. De resto, o Rúben (Faria) ganhou mas podia perfeitamente ter sido eu a vencer", atirou, sem deixar de se justificar: "O tempo foi quase o mesmo. Em quase 120 quilómetros, ficar a apenas 6 segundos do 1.º, não me parece que seja significativo. Ainda por cima tive uma queda."
Jornal Record

janeiro 05, 2007

Há alguns sortudos, que mesmo a trabalhar podem acompanhar o Dakar.

Pois é o meu caso.

Vão ser três semanas no norte de Africa de 4X4 , claro.

Adeus e até ao meu regresso

Em nome de ideias nómadas o meu obrigado pela a vossa atenção para este blogg, que outra virtude não teve, senão compilar algumas noticias publicadas sobre o nosso rali..

Um bem haja e por favor civismo ao assistir ao rali e critiquem veemente quem estiver mal colocado, pondo em perigo a sua vida e a progressão do Dakar e o seu regresso a Portugal



Cá vão mais Algumas noticias.
Lisboa-Dakar'2007: Gente que se supera
Record - Lisboa,Lisboa,PortugalA oportunidade de se colocar, uma vez mais, à prova no Lisboa-Dakar, surgiu a convite de alguém nas mesmas condições: Clay Regazzoni, falecido em Dezembro ...
Lisboa-Dakar'2007: Elisabete Jacinto confianteRecord - Lisboa,Lisboa,PortugalElizabete Jacinto mostra-se confiante para ao Lisboa-Dakar'2007 que se inicia no próximo sábado e espera realizar fazer melhor que o ano passado, ...Veja todos os artigos sobre este tópico
AVIS Portugal apoia rally Lisboa - DakarPressTur - Lisboa,PortugalPresstur 03-01-2007 (14h17) A Avis Portugal vai apoiar a prova Lisboa-Dakar 2007, como rent-a-car oficial do evento, através do fornecimento de veiculos de ...Veja todos os artigos sobre este tópico
DAKAR 2007: Adélio Machado e Jean-Louis Dronne passaram nas ...Cronospeed - Florianopolis,SC,Brazil... passaram grande parte do dia no Centro Cultural de Belém, local eleito para as verificações técnicas e administrativas do Euromilhões Lisboa/Dakar. ...
Lisboa-Dakar'2007: Leal dos Santos novamente sozinhoRecord - Lisboa,Lisboa,PortugalRicardo Leal dos Santos parte para a edição do Lisboa-Dakar'2007 novamente sozinho, depois de no ano passado ter vencido a categoria de automóveis com ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Tudo a postos para o Lisboa-DakarJornal do Algarve - Faro,Faro,Portugal2007-01-03 Domingos Viegas - A caravana do Rali Lisboa-Dakar parte na manhã do próximo sábado da capital portuguesa e chegará ao Algarve durante a tarde. ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Linha de Cascais recebe comboios especiais para a partida do ...Desporto na Linha - Cascais,Lisboa,PortugalA 29ª edição do Dakar arranca de Lisboa no sábado e percorre 7.915 quilómetros até à chegada, no dia 21, ao Senegal, depois de atravessar terras de Espanha, ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Equipa de Tomar vai ao Lisboa/Dakar, em memória do mecânico falecidoO Mirante - Santarém,Ribatejo,PortugalA equipa de Tomar inscrita no Lisboa/Dakar, constituída pelo piloto Nuno Ferreira e pelo navegador Nascimento Costa, decidiu esta quinta-feira fazer a prova ...
DAKAR: como chegarObservatório do Algarve - Faro,PortugalNo dia 7, Domingo, o melhor local para vibrar com as emoções do Rali Lisboa-Dakar é às portas da cidade de Portimão, na Zona Espectáculo nº 4. ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Monchique Montanha Clube colabora com Lisboa-Dakar 2007Região Sul - Betunes,Faro,PortugalO Monchique Montanha Clube (MMC) vai colaborar no Lisboa-Dakar 2007, a mais importante prova de todo-o-terreno do mundo, estando a seu cargo a organização ...
Lisboa-Dakar'2007: Ruben Faria com grandes expectativasRecord - Lisboa,Lisboa,PortugalRuben Faria, após a boa participação na edição de 2006, com uma vitória na 2.ª especial e uma 4.ª posição em solo africano, tem grandes expectativas para a ...
Portugueses nas 'verificações' a sonhar com a meta em DakarDiário de Notícias - Lisboa - Lisboa,Lisboa,Portugal"Terminar o Lisboa-Dakar" é quase uma obsessão para os quarenta e três portugueses que ontem começaram as verificações técnicas do mítico rali ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Ricardo Pina recuperado para enfrentar rali Lisboa-DakarBarlavento Online - Portimão,Algarve,PortugalO piloto da Algarve SPEDakar Team Ricardo Pina conseguiu recuperar a tempo de participar, pela segunda vez, no Rali Euromilhões Lisboa-Dakar, depois de ter ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Pilotos estreantes sonham em terminar a disputa em DakarUOL Esporte - São Paulo,SP,BrazilOs pilotos Sylvio Barros e Carlos Ambrósio, da equipe ASW Brasil Team, participam pela primeira vez do tradicional Rally Lisboa-Dakar, que tem início neste ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Veículos do Dakar se preparam para inspeçãoO Documento - Várzea Grande,MT,BrazilOs mais de 500 veículos que irão disputar o 29º Rally Lisboa-Dakar já estão na cidade portuguesa e se preparam para receber a primeira inspeção oficial da ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Lisboa-Dakar'2007: Markku Alen regressa ao local do “crime”Record - Lisboa,Lisboa,PortugalAs verificações técnicas aos veículos, que começaram ontem, contaram com a presença de um pentacampeão do Rali de Portugal. Trata-se de Markku Allen, ...
Faleceu mecânico da equipa de Tomar do rali Lisboa/DakarO Mirante - Santarém,Ribatejo,PortugalHugo Filipe, o mecânico da equipa de Tomar que participa no rali Lisboa/Dakar, faleceu esta noite na sua casa, na Serra, pouco depois de ter chegado de ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Pilotos algarvios do Rali Dakar em sessão de autógrafosJornal Digital - Braga,Portugal... do Algarve e do município de Portimão, instalado na zona de «merchandising» do Rally Euromilhões Lisboa-Dakar, no Centro Cultural de Belém, em Portimão. ...Veja todos os artigos sobre este tópico
TMN associa-se ao Lisboa-Dakar 2007Fábrica de Conteúdos - Coimbra,PortugalA TMN, que patrocina pelo 11º ano consecutivo o piloto Carlos Sousa, associa-se ao Lisboa-Dakar 2007, disponibilizando aos seus clientes diversos conteúdos ...Veja todos os artigos sobre este tópico
Panda Tours presente no Lisboa-DakarOpção Turismo - Famalição,PortugalO operador Panda Tours vai até ao Lago Rosa, em Dakar, com a dupla Rodrigo e Duarte Amaral, com a intenção de apresentar o novo operador portuguès às dunas ...
Festa do Lisboa Dakar em BelémGuia da Cidade - Lisboa,PortugalCom o Mosteiro dos Jerónimos em fundo, o recinto para concentração, verificações técnicas e partida do Lisboa Dakar, já atrai muitos entusiastas deste ...Veja todos os artigos sobre este tópico.

ADEUS

janeiro 04, 2007

ONDE VER O EUROMILHÕES LISBOA DAKAR 2007

http://lisboadakar2007.blogspot.com/2006_12_23_lisboadakar2007_archive.html

Queremos mais principios de ano com o Dakar.
Por favor não estaguem a prova.
Lembrem-se destas faltas de civismo e
recordem esta estupidez
no video seguinte
http://www.youtube.com/watch?v=MofCtriZ16I

Zona Espectáculo 1 - Muda/Grândola

Primeira moto- - 9h071
Primeiro auto - 11h171
Primeiro camião - 13h55

Zona Espectáculo 2 - Sobreiras Altas

Primeira moto - 9h201
Primeiro auto - 11h301
Primeirocamião - 14h20

Zona Espectáculo 3 - Brejo do Lobo

Primeiramoto - 9h34
Primeiro auto - 11h44
Primeiro camião - 14h40

Zona Espectáculo 4 - Brejos de Cima/Alcácer do Sal1

Primeira Moto - 9h461
Primeiro auto - 11h56
Primeiro camião - 15h00

Zona Espectáculo 1 - Sítio dos Guenos/Portimão

Primeira moto - 08h00
primeiro auto - 09h49


Zona Espectáculo 2 - Arriqueta/Monchique

Primeira moto - 08h10
Primeiro auto - 10h00

Zona Espectáculo 3 - Pardieiro/Monchique
Primeira moto - 8h251
Primeiro auto - 10h15

Zona Espectáculo 4 - Portimão

Primeira Moto - 08h501
Primeiro auto - 10h40

Conselhos e Corecções - de um anónimo
Importante[ 2007-01-02 20:45 ] Por: Monchiquense1º é ARQUETA (e não Arriqueta), sigam pela EN266, na NAVE (e não Portela da Nave) virem à esquerda para Casais/Marmelete EN 267, andem uns 500 mentros e à esquerda tá 1 placa a indicar ARQUETA (estacionem e vão a pé que faz bem e é menos confusão).
2º é Pardieiros (e não Pardieiro) fica junto à EN 267, sigam para Monchique e à entrada da vila virem à direita para Alferce/S. Marcos/Lisboa. Cerca de 6km mais à frente encontram uma placa a dizer PARDIEIROS.
Boa sorte ao se aventurarem por ai porque a estrada é muito estreita (note-se caminho Municipal) e não há muito espaço para estacionar (só para quem for de jipe se aventurar a deixá-lo no mato...)OBRIGADO. BEM HAJAM!

Os dados acima foram-nos enviados por um anónimo.

O Portal lisboa jovem vai hoje 4 de Janeiro transmitir em directo a cerimónia de recepção aos pilotos

O Portal Lisboa Jovem estará hoje, dia 4 de Janeiro, em directo via internet dos Paços do Concelho, para transmitir a cerimónia de recepção aos pilotos, caso tenham curiosidade de acompanhá-la via Internet. http://www.lxjovem.pt/

janeiro 01, 2007

Mecânico invisual no Dakar

O Rally Lisboa-Dakar, com largada no próximo dia 6 de Janeiro,que atrai tantos pilotos e navegadores experientes, também é a meta de um português de 56 anos, Carlos Filipe, que possuiu uma pequena oficina numa vila a 150 Km de Portugal, na Serra de Tomar.

Dá exemplo de vida útil. Neste momento prepara jipes para participarem no Lisboa-Dakar. Assume que fala ao”Cidade de Tomar” porque a sua forma de encarar uma limitação pode motivar situações semelhantes. Há 20 anos, uma cirurgia mal sucedida o deixou cego o que não lhe impediu de comandar uma equipe de especialistas nesta área, ainda mais no rali mais difícil do mundo.

Carrego uma cruz desde os trinta anos, tive de criar as minhas próprias defesas e a dignidade da nova situação. Uma doença nos olhos obrigou-me a uma intervenção cirúrgica. A situação agravou-se, fiz segunda intervenção mas sem resultado, acabei ficando cego ”.

Carlos Filipe reconhece que passou uma fase de profundo desespero, sem forças de encarar a realidade, sem gosto de viver. "Desde que eu tenha um ajudante trabalhando comigo, eu ainda consigo tirar o motor, consertá-lo e colocar de volta no lugar".

No ano passado, ele ajudou dois Land Rover a terminarem na 57ª e 58ª colocação.

Na edição de 2007, três carros contarão com seus serviços. "A meta é ajudar esses três caros a alcançar o final do rali", conta o português.

De acordo com o piloto Luis Ferreira, que acabou em 2006 no 57º lugar,"sua cegueira não o atrapalha em nada. Levar nosso carro, de novo, até Dakar seria o maior presente que poderíamos dar ao Carlos Filipe e a seu filho, Hugo", disse.
Maior comitiva lusa de sempre à partida do Lisboa-Dakar 2007

Uma numerosa família

Ao todo, Portugal estará representado por 42 pilotos distribuídos por 29 equipas, marcando presença em todas as frentes da competição


Distribuída por todas as frentes da corrida –
autos (16),
motos (9),
quads (2) e
camiões (2) -
a comitiva portuguesa no Lisboa-Dakar 2007 é a maior de sempre, superando mesmo o recorde de da última edição.

Desta vez, estão inscritas 29 equipas (mais duas que em 2006), num total de 42 pilotos, dos quais apenas 13 são estreantes.

Para não variar, a maioria segue incluída na caravana automóvel, onde Carlos Sousa surge à cabeça de um pelotão composto por 16 formações, algumas não totalmente nacionais, como por exemplo sucede com o BMW X5 do brasileiro Paulo Nobre, que terá a seu lado o navegador luso Filipe Palmeiro.
Paulo Marques
(13) e Bernardo Vilar (12) continuam a ser os recordistas de presenças, renovando uma vez mais a sua aposta na maratona africana, enquanto Ricardo Leal dos Santos continua a o único português no grupo dos solistas, a par de outros sete concorrentes.
De resto, com a ausência de Maria do Céu Pires Lima, a representação lusa nas quatro rodas passa a estar assegurada apenas por Madalena Antas, que para esta sua segunda tentativa passa a contar com a experiência do italiano Patrick Antonioli, agora num mais competitivo Nissan Pathfinder do Team Dessoude, estrutura onde também volta a estar incluída Miguel Barbosa, segundo melhor português na última edição (21º) e um dos melhores rookies à chegada ao Lago Rosa.
Em família seguem, mais uma vez, os irmãos Francisco e Nuno Inocêncio, depois de na última edição terem falhado o objectivo de chegarem a Dakar juntos, num ano em que o ex-motard Rodrigo Amaral troca as motos pelos automóveis, também ele tendo por companhia o irmão, Duarte Amaral, mas no papel de navegador.

Recorde nas motos

Nas motos, o contingente luso também é dos maiores de sempre, com nove motards inscritos, sendo apenas superado pelas representações francesa, espanhola e holandesa. Mas à quantidade, junta-se também a enorme qualidade dos intervenientes, pese embora a sua reduzida experiência na prova.

Hélder Rodrigues, nono classificado na última edição, lidera em termos de ambições, apostando num resultado entre os cinco primeiros da geral, numa edição onde terá agora a ajuda suplementar de Pedro Bianchi Prata e Pedro Oliveira.

Também apostado num bom resultado está Paulo Gonçalves, que depois da experiência ganha em 2006, quando foi 25º, pretende ir agora pouco mais longe na tabela absoluta, fixando como meta um lugar nos 15 primeiros.

Juntamente com o trio algarvio liderado por Ruben Faria, o único português a vencer uma etapa no último Dakar, seguem ainda o regressado Carlos Ala e o estreante José Henrique.

Nos quads, António Ventura repete a presença de há um ano, mas surgindo agora acompanhado de João Nazaré, num projecto que recebeu o apoio oficial da Yamaha Portugal.

Finalmente, Elisabete Jacinto pretende marcar posição na categoria dos pesos pesados, estreando agora um mais competitivo MAN com que pretende discutir os dez primeiros lugares da geral.
A contagem começou…

PORTUGUESES INSCRITOS

São 28 os portugueses inscritos, divididos em 16 Autos, 9 motos, 2 Quads e 1 camião.

43 Pilotos dos quais 13 são estreantes

A lista é a seguinte:

Auto (16)

313 Carlos Sousa/Andreas Schulz (VW Touareg)
323 Miguel Barbosa/Miguel Ramalho (Proto)
341 Adélio Machado/jean Louis Dronne (Toyota Land Cruiser)
358 Ricardo Leal dos Santos - a solo (Mitsubishi Pajero)
375 Paulo Marques/Rui Benedi (Toyota Land Cruiser)
392 Nuno Inocêncio/Jaime Santos (Mitsubishi Pajero)
393 Lino Carapeta/Ricardo Cortiçadas (Bowler)
395 Francisco Inocêncio/Paulo Fiuza (Mitsubishi Pajero)
415 Bernardo Vilar/Pedro Gameiro (Nissan Patrol)
422 Madalena Antas/Patrick Antoniolli (Nissan Pathfinder)
443 Mário Ferreira//José Carlos Sousa (Toyota Land Cruiser)
450 António Sousa/Fabian Reyes (Land Rover)
458 Luís Ferreira/Pedro Sereno (Land Rover)
468 Rodrigo Amaral/Duarte Amaral (Bowler)
470 Nuno Ferreira/Nascimento Costa (Bowler)

Motos (9)

10 Hélder Rodrigues (Yamaha)
33 Paulo Gonçalves (Honda)
37 Rúben Faria (Yamaha)
45 Pedro Bianchi Prata (Yamaha)
48 Pedro Oliveira (Yamaha)
67 Nuno Mateus (KTM)
68 Ricardo Pina (KTM)
171 Carlos Ala (KTM)
190 José Henrique Carvalho (KTM)

Quads (2)
253 António Ventura (Yamaha)
João Nazaré (Yamaha)

Camiões (1)
524 Elisabete Jacinto/Alvaro Velhinho/Rui Porêlo (MAN)


Ser o primeiro piloto a concluir duas edições a solo...Ricardo Leal dos Santos quer um feito ímpar no Dakar

Ricardo Leal dos Santos, o piloto do Cetelem Desert Team que se prepara para enfrentar uma vez mais a solo o Euromilhões Lisboa-Dakar'2007, ao volante de um Mitsubishi Pajero DiD, tem como objectivo para esta jornada chegar às margens do lago Rosa, em Dakar, e desse modo ser o primeiro piloto a terminar este mítico rali africano duas vezes a solo.

A concorrência será forte, mas o jovem piloto luso, já apelidado de "lobo solitário", acredita que a experiência da última edição pode ser fundamental.

Os preparativos de Ricardo Leal dos Santos e do seu Mitsubishi Pajero DID, que alinhará com o número 358 no Euromilhões Lisboa-Dakar'2007, já estão ultimados pelo menos a julgar pelas palavras do piloto:

Já está tudo pronto. A equipa está preparada, tanto física como psicologicamente. Além disso, foi introduzido no carro um intercooler de maior capacidade, o sistema de refrigeração foi melhorado e instalado um novo snorkel,deverão contribuir para aumentar o rendimento do carro. A motivação da equipa é grande”.E acrescenta:

Para nós, o grande objectivo imediato é ser o primeiro a terminar o Dakar, pela segunda vez, a solo”.

Dos restantes concorrentes directos, Leal dos Santos realça os veteranos Philippe Monet e Philippe Gache, elementos da equipa Buggy Desert Cup, a qual, disse, “tem vindo a registar uma grande evolução, apresentando-se como uma forte candidata ao título na categoria solo”.

Ricardo Leal dos Santos tem uma experiência múltipla em veículos de todo-o-terreno, tendo começado nos quads, e virando agora a sua aposta para as viaturas 4x4.

Com quatro participações na mítica prova africana, o piloto tem já um palmarés considerável.

Em 2000, foi o primeiro português a participar no Dakar em Quad.
Em 2003, obteve o 6º lugar, na categoria Quad, e mais recentemente, em 2005, sagrou-se vencedor da Taça do Mundo de Todo-o-Terreno, em quad.
Depois, já em 2006, foi quarto classificado na etapa final da Baja España Madrid-Aragón, tendo vencido o Rali Vodafone Transibérico, na categoria Solo.

No Lisboa-Dakar 2006, conquistou o 1º lugar em auto, na categoria Solo, e alcançou a brilhante 44ª posição da geral, feitos que pretende repetir, ou mesmo superar, na edição de 2007.
Publicação: Lusomotores
Internet: site da MAN disponibiliza Dakar 2007 em directo

O site do construtor de camiões MAN (www.man-motorsport.de) vai disponibilizar, a partir do início da prova, em directo, toda a informação relativa à mais mítica competição do todo-o-terreno mundial, o Euromilhões Lisboa Dakar 2007.

Em comunicado, a marca alemã, que patrocina, entre outros, a piloto portuguesa Elisabete Jacinto, vai disponibilizar, além de notícias actuais, reportagens e fotografias, o sistema live tracking, que permite acompanhar os camiões de corrida no monitor, em tempo real.

A MAN é a marca de camiões mais pilotada no Dakar 2007:

ao todo estão inscritos 22 camiões MAN de tracção às quatro rodas nas provas, dois dos quais ao serviço da equipa holandesa Exact MAN, que teve grande sucesso na edição de 2006, com um segundo e um oitavo lugares.

Publicação: Diário Digital
Hummer H3 de Robby Gordon é a aposta dos EUA

Robby Gordon é a grande esperança dos Estados Unidos para a edição de 2007 do Euromilhões Lisboa-Dakar.

Refira-se que este piloto foi o primeiro norte-americano a vencer uma etapa da mítica prova de Todo-o-Terreno, em 2005.

Este autêntico especialista nas Bajas do Texas aposta uma vez mais no seu Hummer H3, um modelo de duas rodas motrizes e com um chassis tubular.
Este protótipo está ainda equipado com um motor V8 a gasolina de 6.0 litros e uma potência de 450cv.

Ao lado de Gordon nesta nova «aventura» irá estar o veterano Andy Grider, um navegador bastante experiente em termos de Dakar. Ambos irão defender as cores do Dakar Team USA.

Recorde-se que em 2006 esta equipa teve um bom desempenho da fase inicial da corrida, mas foi obrigada a desistir, devido a problemas no radiador.
Escrito por Bruno Nunes
Publicação: Auto Hoje,Automagazine,Motociclismo.

ESTA NOTÍCIA É PARA OS AMANTES DO SEU DEFENDER E QUE IRÃO SEGUIR COM EXPECTATIVA A PROVA DO LUÍS FERREIRA
SONHANDO PODER ESTAR NO LUGAR DELE

Pois o Dakar como disse Thierry Sabine é um desafio para os que vão e um sonho para os que ficam.

O piloto Luís Ferreira, da equipa 4x4 Rodas, vai voltar a alinhar à partida para mais um Dakar, desta feita com o número 458, e com maiores ambições em termos de classificação final.

Para o Euromilhões Lisboa-Dakar'2007, acompanhado pelo médico Pedro Sereno, o piloto de Lisboa volta a apostar na fiabilidade do Land Rover Defender td5 de chassis longo, preparado em Tomar na oficina de Hugo Filipe, e que tão boa conta de si deu na última edição da prova africana.

Recorde-se que em 2006 ambas as formações inscritas pelo Team 4x4 Rodas chegaram a Dakar, naquela que foi a sua primeira experiência na maratona africana, tendo Luís Ferreira obtido um honroso 57º lugar da geral e sido 10º classificado entre os estreantes na prova.

Agora, utilizando uma vez mais uma máquina inteiramente preparada pela sua estrutura e com alguns importantes melhoramentos relativamente à edição anterior, Luís Ferreira irá apostar fundamentalmente na regularidade e em algumas boas classificações nas etapas de areia, piso no qual é um verdadeiro especialista dada a sua experiência em provas de navegação disputadas no norte de África, onde já venceu por diversas vezes.

Liderando uma estrutura inteiramente amadora, Luís Ferreira conta este ano com os apoios vários apoios - Ibertal, Transmad, Ocidentalcar, Duomaquete, Hugo Filipe, PTS-Pinturas -, nomeadamente de algumas outras entidades que se quiseram associar ao projecto de voltar a concluir o Lisboa-Dakar ao volante de um jipe com características muito semelhantes às de um modelo de série.

Refira-se que Hugo Filipe, que já no ano passado preparou e assistiu os dois carros do Team 4x4 Rodas, teve este ano a seu cargo a preparação não só do carro de Luís Ferreira mas também das máquinas de duas outras formações nacionais.

IDEIAS NÓMADAS FICOU ENTUSIASMADA COM ESTA NOTÍCIA POIS LÁ VÃO APARECENDO PILOTOS COM O ESPIRITO DA MAGIA DO DAKAR, MOSTRANDO QUE ESTE RALI AINDA NÃO PERDEU A MÍSTICA QUE O SEU CRIADOR THIERRY SABINE LHE INCUTIU, O QUE MUTO AGRADA AOS AMANTES DO TT.
Fonte: Lusomotores