Lisboa Dakar 2007

O maior rali do mundo.

setembro 21, 2006





A Mitsubishi vai estrear um novo Pajero no Lisboa-Dakar.

Será o início de um novo ciclo para uma marca habituada a vencer. Por isso, a equipa já iniciou os testes.


Mitsubishi prepara novo ciclo


Os novos Mitsubishi vão ser a grande novidade do próximo Lisboa-Dakar.

Depois de seis vitórias consecutivas com o Pajero Evolution, a marca nipónica está prestes a iniciar um novo ciclo com um veículo que volta a contar com um châssis tubular, como o actual, sendo vestido com uma carroçaria inspirada na do novo Pajero, que a Mitsubishi apresentará em Setembro, no Salão de Paris.
O aspecto final do veículo é o menos importante, já que não passa de uma vestimenta em fibra de carbono que cobre a nova estrutura que os engenheiros começaram a desenvolver há quase um ano, pelo que o novo modelo já estava mais do que definido quando se iníciou a última edição do Lisboa-Dakar, tendo já efectuado, sob grande secretismo, os primeiros testes no Sul de Marrocos.
Pelo que se sabe, a equipa alterou a distância entre eixos e modificou as vias, ao mesmo tempo que trabalhou para baixar ao máximo o centro de gravidade, para optimizar o comportamento dinâmico.
O trabalho passou ainda pela evolução da geometria da suspensão, a fim de garantir a máxima eficiência e o melhor conforto, já que este ponto é fundamental num estilo de provas em que o mau piso é uma característica e os pilotos são obrigados a permanecer longas horas no habitáculo.O conforto dos pilotos passa também pela definição do habitáculo, outro ponto a que foi dada grande atenção na fase de definição do projecto. Diesel não é opção


Ao nível do motor, a Mitsubishi vai continuar fiel ao bloco V6 a gasolina de 4,0 litros, apesar da sua veterania. Esta unidade tem cerca de dez anos, pese embora ter sido sempre evoluída pelos engenheiros japoneses que se ocupam desta tarefa. Segundo a casa japonesa, o motor debita cerca de 270 cv, estando limitado ao nível da admissão de ar pelos restritores impostos pelo regulamento técnico do "Dakar", não podendo utilizar a admissão variável com que chegou a ser equipado.Este é um handicap para a Mitsubishi no seu confronto com asua rival Volkswagen, que aposta num motor também V6, mas turbodiesel, com uma potência semelhante (275 cv), embora mais leve e com um binário muito superior, o que é uma vantagem assinalável, sobretudo nas zonas de areia, quando é necessário transpor as altas dunas.Mas as vantagens do motor TDI da VW, ou mesmo do V6 biturbo da BMW (280 cv), não se ficam por aqui, já que os propulsores Diesel consomem muito menos - pelo que, nas etapas mais longas, os Mitsubishi são obrigados a transportar mais gasolina, que em alguns casos pode chegar aos 150 litros, o que equivale a mais de 150 kg de peso extra.
Contudo, a Mitsubishi não tem, para já, nenhum motor a gasóleo capaz de poder rivalizar com os blocos utilizados pelos seus adversários, o que obriga a equipa a continuar a procurar o V6 a gasolina do qual muito dificilmente poderá retirar mais, já que as limitações do regulamento são muitas.Por isso, trabalhar ao nível da fiabilidade é a grande aposta da Mitsubishi, algo que nem sequer é uma novidade, já que, no ano passado, a equipa de Dominique Serieys tinha como objectivo para o Lisboa-Dakar que qualquer peça mecânica fosse capaz de resistir a toda a extensão da prova, apesar de serem efectuadas as substituições periódicas. Trunfo da logísticaO cuidado posto ao nível de todos os detalhes tem sido o grande trunfo da Mitsubishi, e o segredo para as suas seis vitórias consecutivas. À partida, tudo está previsto, quer ao nível da logística, que faz com que nos locais pré-estabelecidos estejam sempre as peças necessárias para as intervenções necessárias, quer ao nível da táctica desportiva, que faz com que os pilotos saibam onde devem forçar o andamento e onde é fundamental defender a mecânica.São os testes - como aqueles que a equipa realizou em Marrocos - que permitem a evolução dos veículos, fazendo com que os pilotos mantenham o ritmo e a equipa defina a sua estratégia para a grande maratona africana.Foi este o espírito que Dominique Serieys incutiu na sua equipa, e foi, também por isso, que a Mitsubishi coleccionou vitórias consecutivas na prova entre 2001 e 2006.

1 Comentários:

  • Às 2:13 da manhã , Anonymous Anónimo disse...

    Nem hoje houve uma pausa?
    Ergo a taça.
    Um abraço

     

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