Lisboa Dakar 2007

O maior rali do mundo.

dezembro 05, 2006

Euromilhões Lisboa-Dakar:
etapas sem assistência marcam 2007
Francisco Cruz

Uma etapa totalmente nova ainda em solo português, duas etapas sem assistência já em África e o maior contingente de pilotos portugueses alguma vez inscritos são apenas algumas das novidades desvendadas, esta manhã de quinta-feira, em Lisboa, quanto ao Rali Euromilhões Lisboa-Dakar 2007, que estará na estrada a 6 de Janeiro. Uma prova que, conforme recordou o director Etienne Lavigne, «é hoje em dia o maior evento realizado no continente africano».

Apresentada no Salão Nobre dos Paços do Concelho da Câmara Municipal de Lisboa, a edição de 2007 revela, de resto, logo à partida, comparativamente a 2006, uma aposta mais forte no continente europeu, com as duas primeiras especiais, nos dias 6 e 7 de Janeiro, a terem lugar ainda em solo lusitano - entre Lisboa e Portimão, num total de 120 quilómetros (495 km no total), e entre Portimão e Málaga, especial com cerca de 60 quilómetros de distância, mas com 440 quilómetros em ligações.

Ao longo destes quilómetros, a organização liderada por Etienne Lavigne promete «um percurso surpreendente e com um bocado de tudo o que pode ser encontrado nas pistas africanas», assim como quatro zonas de espectáculo, cuja localização será divulgada na imprensa, «onde os portugueses vão poder assistir, em segurança, ao rali».

Destaque ainda para o facto de a segunda etapa, realizada já nos concelhos de Portimão, Monchique e Silves, não contar, ao contrário do que é normal acontecer, com a participação dos camiões.
Uma decisão baseada na morfologia da especial, quase a fazer lembrar, segundo a organização, uma classificativa do Mundial de Ralis, mas também porque «a aposta na segurança é, este ano, ainda maior», garantiu Lavigne.

Com a ligação a África a acontecer, de noite, por ferryboat, entre Málaga e Algeciras (a hipótese Portimão acabou por não passar disso mesmo), os concorrentes terão depois pela frente mais de oito mil quilómetros, distribuídos por quatro países (Marrocos, Mauritânia, Mali e Senegal) e, em particular, muita areia, com a novidade a surgir com a estreia de duas etapas sem assistências: entre Tichit e Nema, num total de 497 quilómetros, e entre Nema e Tombouctou, com 615 quilómetros. Ou seja, cerca de 2500 quilómetros com apenas uma paragem nas boxes, precisamente, em Nema.

Outra novidade prende-se com as motos, que, este ano, pela primeira vez, terão o seu próprio bivouac (ou acampamento) localizado a cerca de 100 quilómetros do usado pelos restantes concorrentes do rali.

Pelo contrário, igual permanecerá a etapa de consagração já junto do Lago Rosa, no Senegal, com a etapa decisiva a acontecer no dia anterior, entre Tambacounda e Dakar, com cerca de 576 quilómetros.

Com um reforço da segurança - «em virtude também dos acidentes ocorridos na última edição», conforme explicou o director da prova - que passa pela implementação, «em conjunto com as autoridades dos países que nos recebem», de uma Campanha de Segurança Rodoviária (aviso das populações, indicação dos perigos e estrito controlo do comportamento de condução dos concorrentes são as iniciativas previstas), o Euromilhões Lisboa-Dakar 2007 promete ainda, para todos os lisboetas que não vão ter oportunidade de acompanhar a prova, a abertura da zona das verificações técnicas, mais uma vez em Belém, num dos três dias (4, 5 e 6 de Janeiro) em que terão lugar as vistorias.

Quanto aos participantes, Etienne Lavigne revelou ainda que vão estar à partida para a edição de 2007 250 motos, 187 carros e 88 camiões, sendo que, destes, 40 serão portugueses11 em moto, 24 em carro e 5 em camião.

Destaque ainda para o facto de, no segundo ano em que a mais importante prova do todo-o-terreno mundial parte de Lisboa, estarem representadas 42 nacionalidades, 22 dos participantes serem mulheres e nove serem equipas oficiais de construtores.
Publicação: DIÁRIO DIGITAL

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